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De 31 de Maio a 24 de Agosto de 2007 | Entrada livre
Inauguração: 31 de Maio | 18h30 | Prolongada até 31 de Agosto

EXPOSIÇÃO
As mãos da escrita


Acontecimento e objecto comemorativo do 25.º aniversário do Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea (ACPC), esta exposição tem por finalidade honrar o manuscrito autógrafo nas suas múltiplas facetas – de testemunho do processo de criação textual, de monumento integrante do património cultural, e de documento das marcas físicas do autor nos seus materiais de trabalho.

A Ideia

Esta Exposição tem dois patronos: Almeida Garrett (1799-1854), que foi quem, em Portugal, iniciou (1839) as diligências políticas que levariam à definição dos direitos de autor e da propriedade literária dos respectivos herdeiros (1851), e, mais tarde, no seu testamento de 9 de Junho de 1853, deixou instruções concretas acerca da propriedade das suas obras – “já impressas ou ainda inéditas”, englobando assim os seus manuscritos autógrafos –, após a sua morte. Temos aqui o autor a reivindicar os direitos de propriedade intelectual sobre a sua obra, e, no caso dos inéditos, sobre os papéis que a contêm.

O outro patrono é António Pedro (1909-1966), de quem utilizamos, como ícone da exposição, o auto-retrato que nos deixou e onde se representa, atento e compenetrado, assinando o seu nome – na sua perspectiva, e não na do observador (que assim o lê ao contrário, como se estivesse do lado de cá da mesa), o que reforça a importância da personalidade do autor e do seu apego identitário à obra que produz.

Eis o quadro conceptual em que cabe esta exposição sobre as mãos da escrita: a mão de quem escreve – aqui em metáfora de hábitos, maneiras, técnicas, suportes, apoios, complementos –, o trabalho artesanal daí resultante – os manuscritos autógrafos, de todos os tipos, em todos os suportes, de todos os níveis de acabamento –, e, no seu conjunto, o traço de humanidade cujo evidenciar é, em absoluto, o objectivo da exposição: o ACPC é uma memória de pessoas, registada nos seus papéis, e é essa memória e, por meio dela, essas pessoas, que são o verdadeiro tema da exposição.

Luiz Fagundes Duarte


Horário de visita à Exposição: Até 14 de Julho:
Dias úteis: 10h - 19h
Sábados: 10h -17h
Encerra domingos e feriados
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A partir de 16 de Julho:
Dias úteis: 10h - 17h
Encerra sábados, domingos e feriados
Visitas guiadas:

Inf. e inscrições: rel_publicas@bn.pt;
tels.: 21 798 2428 / 21 798 2124

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