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Fotografia : Jorge Dias
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Obras na Porbase


 

De 1 de Agosto a 4 de Setembro de 2007 | Sala de Referência | Entrada livre

MOSTRA BIBLIOGRÁFICA
Jorge Dias, 1907-1973

Etnólogo e antropólogo português, António Jorge Dias nasceu no Porto, cursando Filologia Germânica na Universidade de Coimbra e ingressando, a partir de 1938, como leitor de Português em universidades alemãs e, posteriormente, em Espanha. Foi na Alemanha que, influenciado pelos estudos locais, se especializou em Etnologia, onde veio a doutorar-se em 1944, com a tese Vilarinho dos Furnas, uma Aldeia Comunitária, na Universidade de Munique. Desde cedo, o seu trabalho marcou distâncias que o separaram tanto dos mestres positivistas, de Adolfo Coelho a Leite de Vasconcelos, como das tendências folcloristas associadas ao Estado Novo.

Regressado a Portugal em 1947, onde passou a exercer funções de docente na Faculdade de Letras de Coimbra, foi director da secção de etnografia do Centro de Estudos de Etnografia Peninsular então formado no Porto, marco na renovação científica de uma disciplina especializada na pesquisa da cultura material, das técnicas e instrumentos de trabalho, em estreita intercepção com áreas disciplinares afins (que o levaram à colaboração com Ernesto Veiga de Oliveira, Benjamin Pereira, Fernando Galhano, Orlando Ribeiro, Manuel Viegas Guerreiro, José Cutileiro e Margot Dias) num entendimento antropológico em que é visto o «homem como ser cultural».

Em 1956, a convite do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos, veio para Lisboa, encarregado de proceder a levantamentos etnológicos em território africano, sendo-lhe atribuída a cátedra e a regência da especialidade no Instituto. O seu estudo sobre Os Macondes de Moçambique, provavelmente o mais conhecido do grande público, constituiu objecto de tese de doutoramento apresentada em 1964 à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1962 foi criado o Centro de Estudos de Antropologia Cultural, a cujo Museu de Etnologia esteve associado.

Deixou publicada mais de uma centena de trabalhos que, para além da decisiva renovação da disciplina, contribuíram para o levantamento das tradições locais da cultura portuguesa.


Horário de visita à Exposição: Até 14 de Julho:
Dias úteis: 10h - 19h
Sábados: 10h -17h
Encerra domingos e feriados
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A partir de 16 de Julho:
Dias úteis: 10h - 17h
Encerra sábados, domingos e feriados